Realizar uma soldagem é o processo de unir materiais de maneira permanente. A solda se apresenta como a forma mais utilizada de união permanente de peças.
Existem vários processos de soldagem, e aqui falaremos um pouco sobre a soldagem MMA, sigla em inglês para Manual Metal Arc (soldagem manual a arco elétrico), também conhecida como SMAW, Shielded Metal Arc Welding (soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido). Esse processo é o mais simples, pois é feito de forma manual pelo soldador, com o auxílio de eletrodos.
Eletrodos Revestidos
As hastes de eletrodo são formadas por uma alma metálica, que tem a função de conduzir a corrente elétrica. As hastes são revestidas por diferentes formações químicas, e acrescidas de silicato de sódio ou potássio, e essa parte é chamada de fluxo. Esse processo de revestimento tem como principais objetivos proteger o metal de solda, para que o eletrodo não fique grudado no material, estabilizar e direcionar o arco elétrico e isolar a alma de aço.
Após o revestimento, uma parte da alma do eletrodo é deixada sem proteção, formando a chamada ponta de pega, que é onde o porta eletrodo será conectado para se realizar o procedimento de soldagem.
Numeração dos eletrodos
Você já deve ter percebido que todos os eletrodos vêm com uma numeração de fábrica. Essa numeração foi determinada pela AWS – American Welding Society (Sociedade Americana de Soldagem). Utilizaremos o E6013 como exemplo.
E6013
E = Eletrodo
60 = os dois primeiros números referem-se à resistência à tração X 1000. No exemplo, o eletrodo oferece resistência à tração de 60.000 psi.
1 = esse algarismo indica a posição de soldagem, sendo: 1 = todas as posições, 2 = horizontal e plana, 3 = plana, 4 = todas as posições.
3 = esta numeração indica a corrente e a polaridade com as quais soldar, o tipo de escória depositada, o tipo de arco, a penetração sobre o metal base e a quantidade de pó de ferro. Abaixo, uma tabela com as características desse último algarismo.
Eletrodos para aço carbono: E6013 e E7018
Os eletrodos E6013 e E7018 são os mais comuns para uso em aço carbono, e possuem algumas diferenças entre eles. Quanto à profundidade da solda, pode-se dizer que o E6013 é de baixa, e o E7018, de média penetração. Dessa forma, o E7018 é um eletrodo mais forte, mas nem por isso deve ser utilizado em todas as situações. Em chapas finas, por exemplo, ele pode agredir e gerar fissuras no material.
O E7018 é mais indicado para uso em solda pesada, como rolamento, eixo de caminhão e máquina industrial pesada de aço 1045, por exemplo. Já o E6013 é mais utilizado na serralheria, em tubos metalon, chapas e cantoneiras.
Um fato curioso é que o E6013 pode ser encaixado no porta-eletrodos tanto no positivo, como é habitual, como na saída negativa da inversora, resultando numa penetração ainda menor na solda, ideal para soldas finas e funilaria. O E7018, somente na polaridade positiva.
Outros tipos de eletrodo
Existem também eletrodos específicos para uso em ligas de alumínio, aços de baixa liga, aço inoxidável, ligas de níquel e ferro fundido, havendo diversos fabricantes no mercado.
Determinando amperagem
Existem diversos tamanhos de bitolas no que se refere aos eletrodos. Para se calcular qual a amperagem ideal para se colocar na máquina de solda, uma dica é utilizar o fator 30, ou seja, multiplicar a bitola do eletrodo por 30.
Ex.: Eletrodo de 2,5mm de bitola
30 x 2,5 = 75 A
Além desse método, a AWS possui uma tabela que relaciona os tipos de eletrodo, suas bitolas e as correntes de solda correspondentes:
Conclusão:
Antes de realizar qualquer serviço relacionado à solda, o soldador deve se informar bem e utilizar os produtos adequados, levando em consideração o material a ser soldado. Além disso, é primordial colocar segurança em primeiro lugar, utilizando luvas e máscaras para solda.
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